quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Curvas de "Homem ao mar"

Presley, Deli, Luciana ,Rennan Lima, Sadeck, Andreza
Curvas de Salvamento
Setembro de 2014, Belém-PA, Brasil
SUMÁRIO
Introdução__________________________________________________________ 3
Manobra de Homem ao Mar____________________________________________ 4
Curvas de Salvamento_________________________________________________ 4
1. Curva de Butankov (Williamsom)__________________________________ 5
2. Curva de Scharnow_____________________________________________ 6
3. Curva de Salvamento Simples_____________________________________ 7
4. Toda máquina a ré______________________________________________ 8
5. Manobra de Curva Dupla_________________________________________ 9
6. Single Delayed Turn____________________________________________ 10
Conclusão__________________________________________________________ 12
INTRODUÇÃO
Uma das principais preocupações das Empresas de navegação e da Marinha é a preparação da tripulação para a manobra de homem ao mar. Infelizmente, essa é uma casualidade com grandes probabilidades de acontecer. Um pequeno descuido pode gerar grandes distúrbios.
Existem diversas formas de salvamento para o caso de homem ao mar. Dependendo do momento em que é iniciada a manobra, das características da embarcação nesse momento e das condições ambientais, será escolhida a manobra mais adequada. Com o decorrer do trabalho serão abordadas as diversas manobras e a melhor situação de aplicação de cada uma.
Manobra de Homem ao Mar
Existem diversas técnicas para execução dessa manobra da forma mais rápida possível. No aparelho de GPS das embarcações, existe uma função chamada ‘’man overboard’’. Em caso de ser avistado homem ao mar, alguém da tripulação aciona esse botão, o aparelho marca a posição em que ele foi apertado e guia a tripulação para essa localização.
Existem três possíveis situações de homem ao mar:
 Situação de ação imediata: a pessoa que está no mar é avistada do passadiço e a manobra de salvamento é iniciada imediatamente. Nesta situação, o primeiro passo a ser realizado é lançar a boia salva vidas.
 Situação de ação retardada: a casualidade é reportada para o passadiço por uma testemunha ocular e a ação é iniciada com um pouco de atraso.
 Situação de pessoa perdida: quando é reportado ao passadiço que alguém da tripulação sumiu.
Curvas de salvamento
A princípio precisamos ter em mente que são necessários alguns cuidados ao se realizar uma manobra de salvamento como:
 Cuidado a escolha da manobra para uma maior eficácia no salvamento da vítima;
 Cuidado na aproximação da embarcação à vítima, pois diversos acidentes são causados na aproximação;
 Utilizar o equipamento necessário e correto para o resgate;
 Verificar as condições de uso dos equipamentos;
 Manter-se sempre atualizado na forma mais efetiva de se realizar a manobra;
 É fundamental manter a tripulação ciente das suas funções por meio de treinamentos periódicos.
1. Curva de Butankov (Williamsom)
Essa curva foi desenvolvida inicialmente para navios grandes cujas curvas tal que o MOB pode estar quase fora de sinal quando o navio der a volta. O tamanho da curva de retorno também não significa meramente um giro de meia volta que poderia colocar o navio em um curso recíproco mas estaria em alguma lugar perto do rumo recíproco.
Execução (padrão) da curva de Williamson :
a) Manter a mesma velocidade e dar todo o leme para o bordo em que a pessoa foi vista;
b) Depois que o rumo for alterado em aproximadamente sessenta graus do rumo inicial carregar todo o leme para o bordo oposto;
c) Quando o rumo estiver a vinte graus antes do rumo oposto ao inicial deve-se dar leme a meio.
Pode haver pequenas variações no ângulos devido as condições ambientais e as características de manobrabilidade de cada navio (VLCC= 40°) Vantagens quanto à execução da curva:
Como pode ter sido observado a embarcação faz um giro que quase corresponde ao curso inverso, isso constitui uma importante característica dessa curva chamado de auto recuperação. Além disso, ela pode ser utilizada para ação imediata pois, o tempo entre o aviso de homem ao mar recebido pelo passadiço e a recuperação da vítima dura em média quinze minutos, porém esse tempo é maior do que o da curva simples .
Para o caso de ação retardada a curva de Williamson levará o navio mais certamente ao ponto do acidente do que a curva de Scharnow. Essa manobra pode também pode ser executada com bastante eficiência com visibilidade restrita e para a situação de pessoa desaparecida.
Desvantagens quanto à execução da curva:
A embarcação percorre uma grande distância da vítima antes de resgata-la assim como também ela passa a ré da popa por BB(BE) para o outro bordo, ou seja, há ponto cego.Esses dois fatores que dependendo das condições de corrente pode fazer com que o acidentado seja levado por conta da deriva para muito além da posição inicial em que foi determinada sua posição dificultando ainda mais a localização da vítima.
2 .Curva de Scharnow
Esta manobra foi criada por Ulrich Scharnow. É utilizada para salvamento de homem ao mar, quando a embarcação precisa voltar para um ponto em que já esteve anteriormente. Esta é a curva mais apropriada para quando a posição que precisa ser alcançada está significativamente mais a ré que o raio de giro da embarcação.
Como funciona:
1) Coloca-se todo o leme para um bordo, em caso de homem ao mar, coloca-se o leme para o bordo no qual ele se encontra.
2) Quando a embarcação alcançar 240 graus de desvio do rumo inicial, quebra-se a guinada.
3) Quando a embarcação estiver a 20 graus do rumo oposto ao original, coloca-se leme a meio, para assim a embarcação tender a voltar para o rumo original.
4) A embarcação deve ser colocada a barlavento do homem ao mar, de forma a protegê-lo da vento e facilitar o resgate.
Esses são os passos básicos para ser realizada a Curva de Scharnow, entretanto, devem ser sempre levadas em consideração as características da embarcação que esta sendo utilizada. As condições de mar e vento também interferem na manobrabilidade. Soma-se isso ao fato de um homem ao mar, no meio das ondas, não ser facilmente visível. Todas as curvas de salvamento devem ser realizadas com extrema cautela.
Vantagens da curva de Sharnow
 Auto recuperação: a embarcação tende a voltar para o seu rastro.
 A vítima pode sempre ser vista pela tripulação.
 O tempo de manobra é menor que o da curva Boutakov.
Desvantagens da curva de Sharnow
 Não pode ser usada em uma situação de ação imediata.
 Em uma situação de ação retardada, só pode se usada se for conhecido o tempo decorrido entre o acidente e o começo da manobra.
3. Curva de Salvamento Simples
É um tipo de manobra empregado no resgate e salvamento, sendo um método alternativo. Embora mais simples que o Williamson, esse método depende muito da esteira e/ou dado flutuante( bóia ) quando está visível. Ambos podem ser perdidos de vista rapidamente com mau tempo, especialmente á noite com fraca visibilidade.
A manobra de curvas simples exige que se mantenha ou reduza a velocidade e desligue o navio ao redor. Deve-se também usar um dado flutuante, arremessando-o para a direção da água com o objetivo de ser visto por quem está imerso ou caso não sirva de referência , deve-se apontar para manobrar o barco de volta para a MOB.O
tamanho do diâmetro de viragem vai determinar em qual ponto o navio retorna para atravessar a sua pista de água original.
Com grande círculo de viragem, há um pequeno, mas potencial risco de atropelamento do ponto onde está a marcação ou mesmo do MOB tendo-os como referência para desenvolver a manobra.
A necessidade de manter uma referência visual sobre o dado ou esteira flutuante significa que este método precisa relativamente de um pequeno raio de viragem para ser eficaz. Pode-se observar que o leme dura mais (em uma situação de "ação imediata", apenas para o lado da vítima).
Após desvio do curso original por 250 °, o leme deve ser colocado na posição a meia nau e a manobra de paragem deve ser iniciado.
Situação imediata de ação:
A curva simples vai levar o navio de volta para a cena do acidente mais rapidamente.Algumas medidas devem ser realzadas de foma imediata durante a manobra. Tais como:
Mudança de posição: entre 250 ° e 300 °, devido à dinâmica do navio.
Duração: Entre 4 e 7 minutos
Pare o navio a barlavento da vítima
Curvas de Williamson versus Curvas Simples:
Sob condições de luz favoráveis, uma curva simples é a melhor maneira para se resgatar um homem ao mar de forma mais rápido comparado a curva de Williamson.
4. Toda máquina a ré
Nesta manobra, da-se máquina toda a máquina ré até parar totalmente ou próximo a parar, e em seguida;
-Guina-se de forma mais curta possível ao redor do “man overboard”.
-Da-se máquina adiante no rumo oposto
A capacidade de manobra dos meios de maior CRV’s que pode ser transformado em pouco mais que o comprimento da embarcação. Como o navio estava
com seguimento a vante, sem alterar o rumo, o rastro será claramente visível para fora da popa. Alinhando o centro do rastro residual e a base flutuante significa que não há necessidade de calcular uma orientação recíproca.
Seja qual for o método usado em uma situação MOB, deve ser precedido por um aviso em alto e bom som dado pelo timoneiro.
Por exemplo: “Guinando para boreste!”
Seguido por uma pausa de 1-2 segundos antes de se iniciar a manobra.
 Vantagens :
-Ação imediata na manobra.
-Recomendada na velocidade inicial limitada.
-Manobra feita rapidamente.
 Desvantagens :
-Com navios de apenas um hélice, o impulso transversal pode virar o navio
-Efeitos de vento podem alterar a manobra
-Só usada em os navios a motor, navios turbinas são muito lentos para reverter
-Momento de grandes navios
5. Manobra de curva dupla
É importante salientar que essa manobra possui duas variantes, a inglesa e a holandesa. Mas a manobra em âmbito geral consiste em uma manobra de ação imediata, ou seja, assim que for observada a situação de homem ao mar é iniciada a manobra.
 Variante inglesa
É feita uma curva de forma que a embarcação fique a 180° do rumo inicial, logo, deixando a embarcação em direção oposta a inicial. É importante salientar que a curva é feita para o bordo em que a vítima está em relação ao navio. Então a embarcação
percorre uma distancia em mesmo rumo suficiente para fazer com que a vítima fique a 30° do través pela popa, e é nesse momento onde é iniciada a segunda curva, voltando a embarcação com quase o mesmo rumo inicial. A partir de terminada a curva a embarcação reduz sua maquina e se aproxima da vítima a barlavento dela. Como citado antes é preciso bastante cuidado na aproximação, pois é nesse momento onde se ocorre mais acidentes.
 Variante holandesa
Difere da inglesa em apenas um aspecto, quanto ao início da segunda curva. Na variante holandesa esse início se dá quando a velocidade da embarcação for a mesma da velocidade inicial do navio antes de iniciar a manobra.
7. Single Delayed Turn
Procedimento:
- O navio mantém seu rumo inicial por uma milha
- Inicia o circulo de retorno
- Estabiliza o navio quando a proa aponta o rumo inicial + 180 graus + tangente do dímetro tático em milhas
• Vantagem:
-Manobra fácil. Ideal para grandes navios com baixo poder de manobra
-Permite uma aproximação praticamente em linha reta.
• Desvantagem:
-Necessita de boa visibilidade
-O navio se distancia da vitima

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